América Latina é a área em desenvolvimento com maior taxa de urbanização do planeta, segundo a Organização de Nações Unidas. Estima-se que nos próximos anos, as megacidades acolham, em conjunto, a 453 milhões de pessoas, ou 12% da população urbana mundial. Atualmente, 16 megacidades estão na Ásia, quatro na América Latina, três na África, três na Europa e duas na América do Norte
Por um lado, o estudo “Dados abertos e cidades inteligentes na América Latina: Estudo de casos”, liderado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e o Consórcio W3C do Brasil, foi desenvolvido com o objetivo de contribuir com o desenvolvimento de estratégias de dados abertos e cidades inteligentes (Smart cities) na região.
A revisão dos casos, realizada sob a perspectiva de cidades inteligentes analisou os processos de implementação dos programas de dados abertos e conclui que o termo Smart Cities está estreitamente relacionado com o conceito de governo aberto, governo eletrônico e abertura de dados. Dados abertos faz referência à prática de recursos eletrônicos disponíveis e de forma livre para qualquer pessoa.
Por outro lado, de acordo com pesquisas das ONG G3ict e World Enable, especialistas em acessibilidade e desenho urbano, para que a América Latina faça suas cidades mais inteligentes, deverá aumentar o acesso à informação para as pessoas com deficiência e idosos em relação a seu acesso dentro das cidades.
O caso do Panamá
Segundo Javier Rosado e Raimundo Díaz de LLORENTE & CUENCA Panamá, consultoria de comunicação, as cidades inteligentes são todo um desafio para os Estados, já que ainda não conseguiram resolver os grandes desafios destas imensas aglomerações urbanas, como a pobreza, a insegurança, a contaminação e a mobilidade.
Neste mesmo sentido, Orlando Carranza, chefe de Cidade Inteligente da Santa Tecla, Panamá, sustenta que mais à frente do componente tecnológico, o motivo consiste em um plano bem articulado para responder às necessidades da população.
“A Prefeitura do Panamá se colocará à vanguarda como smart city, disponibilizando aos cidadãos aplicativos móveis para facilitar sua interação com a cidade”, apontou o funcionário Carranza.
Em síntese, ele aponta que uma Smart City está baseada em seis pilares: urbanismo, conectividad, meio ambiente, goberno, segurança e participação cidadã.
Para os interessados em projetos pensados para cidades inteligentes, a Universidad Internacional Iberoamericana (UNINI-Puerto Rico) oferece o Mestrado em Desenho, Gestão e Direção de projetos que integra conceitos associados ao desenho, operação e gestão de projetos, por meio de treinamento no uso de ferramentas computadorizadas e atualizadas.
Fonte: El papel fundamental de la dirección de proyectos frente al reto de las “smart cities”
Estas son las ciudades “más inteligentes” de América Latina
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