O projeto participativo é uma abordagem do projetista Jan Gehl e da arquiteta Helle Søholt, a partir de 2010, por meio do estudo Gehl, que promove o projeto de cidades com a abordagem focada no uso do que as pessoas fazem delas
Da mesma forma, a organização sem fins lucrativos Congresso para o Novo Urbanismo, também, impulsiona a construção de espaços públicos a partir de um projeto que envolve a participação de seus cidadãos, por isso seu porta-voz Robert Steuteville explica quatro das razões mais importantes para apostar pela participação das pessoas no projeto de suas cidades:
Acessibilidade
Chegar a um parque ou uma praça pública mediante um meio de transporte é um benefício para as comunidades que desejam ter acesso a espaços de reunião. É melhor se você conseguir chegar a pé, de bicicleta ou por transporte público e não apenas por automóvel. Definitivamente, o objetivo é reunir pessoas, tornando que estes espaços sejam localizados em áreas transitáveis.
Socialização
Com o aumento da atividade digital, as pessoas reúnem-se menos, por isso os espaços públicos representam o espírito da sociabilização, são locais para compartilhar com a comunidade. Por isso, a Steuteville propõe que, além do projeto, estes espaços devam “ser ativados” entre quem vive e trabalha perto, para que realmente os usem como espaços de encontro e intercâmbio.
Vida saudável
Ter a oportunidade de viver em um setor que seja transitável oferece múltiplos benefícios. Um deles é que os deslocamentos diários possam ser feitos a pé, por bicicleta ou por transporte público e não necessariamente por automóvel. Outro ponto é que conte com espaços onde possa ser realizada atividade física sem que a pessoa tenha que se inscrever em uma academia e pagar por isso.
Mais segurança
Segundo um estudo realizado pela Universidade de Connecticut, observou-se que as taxas de acidentes de trânsito em automóvel ocorriam em 24 cidades do Estado de Califórnia, das quais 12 delas foram construídas antes de 1950 e as outras 12, depois.
As cidades construídas antes dos anos 50 tinham menor taxa de acidentes do que as outras, portanto, as cidades modernas seriam mais propensas a sofrer acidentes pelo excessivo trânsito veicular que existe atualmente, garante Robert Steuteville.
Os alunos do mestrado em Arquitetura e Urbanismo da UNINI contam com uma formação profissional de alto compromisso social e ético; e uma visão global do que significa a intervenção de uma Cidade.
Fonte de informação: 10 razones para diseñar las ciudades pensando en las comunidades
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