Projeto criado pelo BID oferece assistência técnica a cidades intermediarias para estimular o desenvolvimento sustentável
O Programa Cidades Emergentes e Sustentáveis (CES), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), é uma iniciativa de assistência técnica não-reembolsável criado para estimular os governos centrais e locais para o desenvolvimento de cidades sustentáveis. O programa enfoca as urbanizações médias que vêm apresentando altas taxas de crescimento.
Iniciado em 2011, com cinco cidades piloto, o CES atua agora em 71 zonas urbanas de diferentes países. O apoio do programa se sustenta sobre três conceitos principais que são a sustentabilidade meio-ambiental e de mudança climática, a sustentabilidade urbana e a sustentabilidade fiscal e governabilidade.
Segundo Carolina Barco Isakson, coordenadora do CES, “a ênfase do BID está nas cidades intermediárias”, consideradas cidades emergentes na América Latina, “então é quando temos a melhor oportunidade de construir cidades sustentáveis”.
A coordenadora do BID ressalta características comuns encontradas nas chamadas cidades emergentes: “uma alta qualidade de vida ainda, com uns espaços verdes maravilhosos e espaços culturais bons que devem ser valorizados e respeitados”, afirma.
A iniciativa do BID espera contribuir para que estas urbanizações continuem na curva de crescimento, “mas tomando decisões que sejam inteligentes para o futuro e para a sua sustentabilidade, em termos de mudanças climáticas e de um desenvolvimento urbano que seja capaz de dar qualidade aos seus moradores, com uma governança saudável, e uma boa gestão fiscal”.
Uma das principais questões levantadas por Isakson se refere à circulação de automóveis na cidade. “Muitas vezes esquecemos que as pessoas podem querer caminhar por ali ou usar bicicleta”.
Entre as propostas oferecidas pelo BID está a preservação dos espaços verdes, comunitário e a elaboração de zonas para pedestres e ciclistas.
Na metodologia aplicada do CES, existem duas etapas e cinco fases para a participação das cidades no programa. A primeira etapa começa com a execução de uma ferramenta de diagnóstico para identificar os desafios de sustentabilidade da cidade.
Com a avaliação, um plano de ação é formulado, contendo intervenções priorizadas e um conjunto de estratégias para a execução do plano, em curto, médio e longo prazo.
A segunda fase da metodologia inclui a preparação de estudos de investimento para as intervenções programadas e a implementação de um sistema de monitorização cidadão. Na fase de execução do plano de ação estão previstos 3 anos de atividades.
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Veja a entrevista completa com Carolina Barco Isakson em espanhol:
Fonte:http://unini.be/2x, http://unini.be/2y
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