Nos anos recentes, a presença das mulheres nas universidades é uma constante em crescimento.
De maneira global, o número de alunas universitárias é praticamente o mesmo que o número de universitários, embora varie em alguns países de maneira mais marcante.
Mas desde uma perspectiva global, as mulheres vêm alcançando as oportunidades para aprender e desenvolver as competências para atuar no mercado profissional com mais liberdade. Entretanto, há um dado que ainda surpreende. É o número ainda inferior de mulheres nas faculdades de determinadas áreas, como as de STEM, sigla que representa as áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemáticas.
Entre estas, a área de Informática é talvez a que mais se destaca pela discrepância em relação ao número de alunos e de alunas. Segundo a UNESCO, que elaborou o relatório Descifrar o código: a educação de meninas e mulheres em ciência, tecnologia, engenharia e matemática, 35% dos estudantes de STEM no ensino superior são mulheres e apenas 3% das mulheres optam pelas áreas de tecnologia.
Entretanto, nas áreas de Ciências de Saúde, Artes, Humanidades e Ciências Jurídicas e Sociais, o número de estudantes universitárias é maior que o número de alunos masculinos.
Por que esta diferença?
A cultura possivelmente está por trás desta diferença entre a preferência por áreas para mulheres. Mas o presente, com ações e movimentos afirmativos e de equidade, vem mudando esta realidade.
A coordenadora da Cátedra Regional da UNESCO para Mulheres, Ciência e Tecnologia na América Latina, Gloria Bonder, conta que na América Latina este número já supera a taxa global, com 45% dos pesquisadores nos campos de ciência, tecnologia e inovação formado por mulheres.
Ela acredita que o desenvolvimento de políticas e regulamentos conseguiram diminuir uma discriminação com base no gênero e que ONGs e redes de mulheres cientistas vêm promovendo mais visibilidade e lutando por mudanças.
Segundo a responsável pelo Departamento de Responsabilidade Social Corporativa da IBM España, Belén Perales, “a solução se encontra em fomentar a educação nestas disciplinas desde muito jovens, para acabar com estereótipos que fazem pensar mais adiante que certas profissões são masculinas ou femininas”, como afirmou para o jornal El País.
A UNINI oferece uma ampla oferta de estudos à distância para possibilitar a formação de profissionais interessados em continuar formando-se, como o Mestrado em Educação com especialidade em Educação Superior
Fontes:
Meninas e mulheres em educação e carreiras stem na américa latina
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