Nos últimos tempos, o nosso mundo tem vindo a enfrentar desafios ambientais sem precedentes que ameaçam tanto os ecossistemas como o bem-estar humano.
O ano de 2023 foi sombriamente assinalado como o ano mais quente registado em 174 anos, pressagiando condições climáticas deploráveis e fenómenos meteorológicos extremos a nível mundial. Ao examinar os principais problemas ambientais que enfrentamos atualmente, destacam-se quatro questões críticas: alterações climáticas, perda de biodiversidade, poluição por plásticos e desflorestação.
Alterações climáticas
As alterações climáticas continuam a ser um dos desafios ambientais mais urgentes e amplamente reconhecidos do nosso tempo. As emissões de gases com efeito de estufa provenientes da utilização de combustíveis fósseis continuam a aumentar, provocando o aumento das temperaturas globais, com consequências graves, como a subida do nível do mar, a fusão dos pólos e a intensificação de fenómenos meteorológicos extremos, como secas e ciclones. Apesar dos acordos internacionais que apelam à ação, como na Cimeira do Dubai sobre as alterações climáticas (COP28), os níveis de emissões persistem, dificultando os esforços para limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
Perda de biodiversidade
A perda de flora e fauna está a acelerar devido às actividades humanas, à poluição e às alterações climáticas. Entre 1970 e 2016, as populações de mamíferos, peixes, aves, répteis e anfíbios registaram um declínio médio de 68%. O acordo alcançado na Cimeira da Biodiversidade de Montreal para proteger 30% das áreas terrestres e marinhas até 2030 foi um grande passo em frente, mas subsistem desafios, como o impacto nas comunidades indígenas que vivem em áreas protegidas designadas.
Poluição por plásticos
A poluição por plásticos atingiu níveis alarmantes, pondo em perigo tanto os ecossistemas marinhos como a saúde humana. A cada segundo, 200 quilogramas de plástico entram nos nossos oceanos, afectando mais de 700 espécies marinhas. Os microplásticos, incluindo nas nossas fontes de água e alimentos, representam ameaças adicionais. É urgente tomar medidas para reduzir a utilização de plástico e limpar a poluição existente, o que exige cooperação internacional e soluções inovadoras.
Desflorestação
As taxas de desflorestação, especialmente em regiões como a Amazónia, continuam a ser alarmantemente elevadas, apesar dos compromissos globais para inverter esta perda. A destruição das florestas não só contribui significativamente para as emissões de CO2, como também ameaça a biodiversidade e agrava as alterações climáticas. É animador ver os esforços em países como o Brasil, onde foram tomadas medidas para reduzir a desflorestação, o que nos dá esperança de uma conservação sustentável das florestas.
Estes problemas ambientais estão interligados e sublinham a necessidade urgente de uma abordagem colectiva a nível local, nacional e global. A luta contra as alterações climáticas, a perda de biodiversidade, a poluição plástica e a desflorestação exige iniciativas políticas corajosas, inovação tecnológica e mudanças no comportamento humano. À medida que avançamos, o êxito dos acordos internacionais depende de acções concretas para proteger o nosso planeta, tanto para as gerações actuais como para as futuras. O tempo é curto e é altura de tomar decisões decisivas.
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Fonte: Estos serán los mayores problemas ambientales en 2024