O acesso às novas tecnologias se massificou. A disponibilidade de tablets, celulares, televisores inteligentes e muitos outros dispositivos conectados a Internet, permitiu que quase todas as pessoas em nossa sociedade se mantenham em contato utilizando a Internet como plataforma ubíqua. Nesse contexto, as pessoas preferem as redes sociais em relação aos outros meios de comunicação; entretanto, as empresas ficaram pra trás na corrida e não conseguiram criar redes sociais sólidas que lhes permitam manter uma efetiva comunicação com seus clientes, principalmente no segmento das PME, empresas que consideram que as redes sociais são meios para “grandes empresas” ou que simplesmente estão fora de sua estratégia de marketing.
As redes sociais atualmente têm uma grande influência entre as pessoas e são cada vez maiores as atividades que se deslocam das redes sociais ao mundo real graças ao enorme poder que ferramentas como o Facebook ou o Twitter têm para permitir que as pessoas se organizem. No âmbito comercial, estas mesmas ferramentas são utilizadas para pedir referências sobre produtos ou serviços e todas essas “curtidas” ou seguidores em seguida se transformam em vendas efetivas ou em clientes leais à marca.
Ao contrário dos meios de comunicação tradicionais, as redes sociais permitem um intercâmbio de informação bidirecional, pode-se estabelecer um diálogo com o público e ter maior informação sobre os usuários.
Mas a maioria das empresas, especialmente as PME, não integrou as redes sociais em sua estratégia de comunicação e marketing. Uma pesquisa realizada pelo The Alternative Board (TAB) registra que 59% dos gerentes de empresas consideram que as redes sociais não são algo essencial para seu negócio, 18% do grupo de empresários reconhece que sua empresa não tem presença em redes sociais e 67% tem uma estratégia incipiente ou estão dando seus primeiros passos no mundo das redes sociais.
No universo das redes sociais, a frequência de publicações é importante, e apenas as marcas que têm participação ativa nas redes sociais conseguem atrair novos usuários e consolidar sua relação com os usuários mais fiéis; entretanto, 22% dos pesquisados indica que revisa suas redes sociais uma vez ao ano, e 64% aponta que acessa as redes sociais uma ou duas vezes por semana.
O Facebook tem a maior quantidade de usuários e uma atividade comercial importante, mas os empresários consideram que o LinkedIn lhes proporciona maior efetividade (38%), enquanto o Facebook se mantém no segundo lugar (32%), o Google+ em terceiro lugar (17%) e o Twitter em último (6%). Ao parecer, os empresários ainda têm dificuldades para entender como as redes sociais podem ser utilizadas como uma ferramenta de negócios.
Jodi Shaw, chefe de marketing do TAB, afirma que, desde seu ponto de vista, o problema tem duas dimensões. Pelo lado comercial, não podem ver o retorno do investimento feito em redes sociais, pois não compreendem todos os processos que um trabalho em redes sociais implica. Do lado técnico, muitos empresários não entendem a utilidade das redes sociais, alguns acreditam, por exemplo, que o Twitter serve para indicar o que se está fazendo durante o dia, e não entendem que se trata de um canal no qual se compartilham links para blogs com conteúdo relevante e que influenciadores importantes atuam nesse meio podendo dar respaldo a certas marcas.
Neste momento, as redes sociais necessitam um trabalho paciente, que outorga resultados em médio prazo, mas, ao parecer, as empresas esperam resultados imediatos, e por essa razão as redes sociais podem não parecer um meio atrativo, mas a quantidade de usuários das redes segue crescendo a cada dia, e as empresas devem desenvolver estratégias para inserir-se no mercado digital antes que seus competidores ganhem a partida.
Os estudantes do Mestrado em Direção Estratégica com Especialidade em Gerência da UNINI capacitam-se para administrar estratégias efetivas de marketing tanto no mundo real como no digital.
